Ano letivo 2012/2013

"A escola é mais do que um espaço onde se transmite conhecimento" - Vitorino Magalhães Godinho

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Trabalho da Área de Projecto - 200 Anos da Reabertura da Barra de Aveiro

1808 -2008
200 Anos da Reabertura da Barra de Aveiro

Século X
A barra era uma baía aberta junto à foz do Rio Vouga

Século XI
Ventos e marés começam a formar dois cabos de areia, um vindo do Norte, de Espinho, e o outro vindo das Gafanhas.

Século XII
1143
À data da fundação de Portugal os barcos entravam e saíam a barra ainda sem obstáculos.

Século XIV
Aveiro tinha 14000 habitantes cerca de 300 embarcações e mandava 60 naus à Terra Nova.

Século XVI
1575
A barra fechou e Aveiro vai transformar-se numa ilha de miséria, logo e moléstias.
1578
Morte de El Rei D. Sebastião em Alcácer-Quibir.
1580
Filipe II de Espanha promete ao povo de Aveiro que se o apoiar dará à vila o ouro e a prata que ela precisa para voltar a ter a vida desafogada de antigamente.
Aveiro aclama Filipe II de Espanha, I de Portugal. Mas as promessas não se cumpriram.

Século XVIII
1720
A morte e a desolação aumentavam em Aveiro. A barra andou, andou e foi até à Vagueira.

"Somos o barro, somos a lama, feitos de lodo, ninguém nos chama.
Somos o barro, somos a lama, a noite inteira é nossa cama." *

Nem no reinado de D. João IV, nem nos reinados de D. Afonso VI, D. Pedro II, D. João V, D. José e D. Maria se conseguiu resolver o problema da abertura da barra.

Só com D. João VI o povo de Aveiro teve mais sorte. No dia 2 de Janeiro de 1802 o Rei ordenou que o Coronel Oudinot e o seu genro Engenheiro Luís Gomes de Carvalho deixassem os trabalhos nos portos de Leixões e do Porto e fossem para Aveiro.

Mas para segurar as águas faltava a pedra. Então o Rei D. João VI autorizou a utilização das pedras da muralha da cidade para a construção do paredão da nova barra.

O Coronel Oudinot teve que abandonar o projecto da abertura da barra de Aveiro e o Engenheiro Luís Gomes de Carvalho decidiu definitivamente e contra tudo e contra todos que a nova barra seria reaberta no seu local original

3 de Abril de 1808, 07 horas da tarde, a laguna já tinha um nível de 2 metros sobre a água do mar

Luís Gomes de Carvalho acompanhado por sua mulher e poucos colaboradores mandou que se tirassem as estacas e a força imensa das águas da laguna lançou-se no mar, reabrindo a barra definitivamente.

3 dias depois Aveiro já estava limpa, também graças a uma boa chuvada que ajudou a lavar as ruas.

"Ó Aveiro, ó Aveiro,
Terra da minha alegria,
embarcaste num veleiro,
tornaste na maresia." *

Texto colectivo elaborado com base no texto *"A Longa Marcha para o Esquecimento", de Jaime Gralheiro