Ano letivo 2012/2013

"A escola é mais do que um espaço onde se transmite conhecimento" - Vitorino Magalhães Godinho

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Passeio escolar



6 de Junho.
Três viagens numa só.
No Mosteiro da Batalha viajámos na História.
Nas Grutas de Mira De Aire viajámos na Geologia e na Mineralogia.
Em Fátima viajámos à Arquitectura e a Arte.

Século XIV, depois da morte de D. Fernando, os Portugueses escolheram D. João I Mestre de Avis para rei de Portugal. Mas D. João de Castela, casado com D. Beatriz, filha de D. Fernando, não gostou e as tropas de Castela invadiram Portugal. D. João I sabia que as tropas Castelhanas estavam em maior número do que as tropas Portuguesas. Com Nuno Alvares Pereira, D. João preparou o encontro dos exércitos e ainda prometeu a Nossa Senhora que lhe mandaria construir um monumento que teria o nome de nossa Senhora da Vitória. Em 1385 os Portugueses venceram os Castelhanos na Batalha de Aljubarrota e D. João I cumpriu a sua promessa. O arquitecto Afonso Domingues dirigiu as obras até ficar cego. Então outros arquitectos vieram para continuar a obra que foi abandonada no reinado de D.Manuel, pois este rei preferiu investir na construção do Mosteiro de Jerónimos, em Lisboa.
O Mosteiro da Batalha é um exemplo do gótico em Portugal principalmente a igreja com a planta em cruz latina. Viajámos então a Capela do Fundador, onde estão os túmulos de D. João I e de D.Filipa de Lencastre e de alguns dos seus filhos. Depois passámos pela Capela de Santa Joana, bisneta de D.João I que não tem lá túmulo porque foi sepultura no Mosteiro de Jesus em Aveiro onde viveu e morreu. Passámos ao Claustro Real que dá para a Sala do Capitulo onde observámos a abóbada feita em quatro meses por Afonso Domingues, já cego, depois da primeira abóbada ter caído.
D. João I teve de voltar a chamar Afonso Domingues para reconstruir a abóbada da Sala do Capítulo e se “a abóbada não caiu a abóbada não cairá.”
O túmulo do Soldado Desconhecido, lembrando todos os Soldados Portugueses mortos em batalhas, encontrasse na sala do Capítulo e nós assistimos ao Render da Guarda.
Visitámos então dois Claustros: Claustro Real e o Claustro de D. Afonso V. O Claustro Real era mais bonito, tinha o Calcário todo rendilhado, mas tinha só um piso. O Claustro de D. Afonso V era mais simples, mas já dois pisos.
Finalmente visitámos o Panteão de D. Duarte ou Capelas Imperfeitas, porque nunca chegou a ser feita a abóbada central que o havia de cobrir.
Não foi por acaso que a rocha escolhida para construir o Mosteiro da Batalha foi o calcário. É que naquela região a rocha predominante é o calcário, uma rocha mole e permeável.
Nas Grutas de Mira de Aire pudemos observar como os movimentos geológicos criaram uma maravilha subterrânea. As águas das chuvas infiltraram-se e ao chegar às Grutas formam-se pequenas gotas, que ficam suspensas nos tectos e que vão “crescendo” ao longo dos séculos, formando as estalactites ou “crescendo” a partir do chão, formando as estalagmites. As estalactites “crescem”, em média, num século um centímetro enquanto as estalagmites “crescem” apenas um milímetro. Quando uma estalagmite e uma estalactite se encontram, forma-se uma coluna.
Nesta viajem, ao interior da terra, estivemos em espaços, onde a Natureza se organizou de forma diferente, e que ganharam nomes dados pelos homens: Sala Grande, Sala Vermelha, Sala de Esparguete. Vimos as cascatas e os lençóis de água a 110 metros de profundidade, numa experiência que nunca esqueceremos.
Finalmente, em Fátima visitámos a nova basílica com uma forma circular como se fosse o Mundo, ou os Homens numa roda de mãos dadas. Portas grandiosas correspondendo cada uma a um apóstolo onde se encontram gravados excertos dos seus evangelhos. Depois no interior observámos o grande painel do altar feito com metais preciosos e ao centro uma escultura de um Cristo tão agressivo como foi o acto da crucificação, num estilo bem diferente do resto do Santuário.
texto colectivo 2ºe4º ano Quiquinhos

1 comentário:

Unknown disse...

Que grande aula de História!!
Foi um dia cansativo, mas de certeza muito enriquecedor e inesquecível.
Continuem a pesquisar os temas trabalhados e a produzir estes posts tão interessantes.
Muitos parabéns.
César Flores