Ano letivo 2012/2013

"A escola é mais do que um espaço onde se transmite conhecimento" - Vitorino Magalhães Godinho

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Mensagem enviada à Câmara Municipal de Aveiro

Sou professora do 1º Ciclo em Oliveirinha e não foi preciso a Srª Ministra vir dizer-me que a escola não se podia fechar nos seus muros, pois sempre trabalhei de forma a que a formação académica fosse acompanhada de uma forte componente de educação cívica e artística. Curiosamente e apesar das dificuldades, que sempre houve, e alguma falta de carinho pela educação cultural e artística, em relação às escolas da periferia, usando os meus projectos fui conseguindo facultar às crianças vivências que de outra forma não teriam.
Agora a minha preocupação aumentou porque me é constantemente negado transporte, com a justificação de que os transportes passaram para uma empresa pública; porque tive problemas com a ligação à Net, que o técnico da escola também não conseguiu resolver, e tendo sido chamado o responsável da câmara para tais assuntos, nunca apareceu durante dois meses e teve que ser uma outra pessoa a arranjar os cabos e a estabelecer a dita ligação; porque tenho no meu projecto Curricular de Turma um projecto para, no âmbito do ensino experimental, criar uma horta com a ajuda dos encarregados de educação, que me parece que vai ficar-se pelo projecto pois a Junta não tem disponibilidade económica; porque e para abreviar, agora nos tiram o xadrez cujos benefícios pedagógicos já tive oportunidade de deixar escritos em artigo publicado no jornal de Oliveirinha.
Porquê Srº Presidente e Srº(s) Vereadores da Cultura da Educação e do Desporto?
Note-se que tive em devido tempo acesso ao programa de actividades da Câmara, do Pelouro da Educação que centralizou tais actividades na cidade. Já pensei, e já que está na moda delegar, que talvez fosse interessante criar uma Empresa Pública(!) para a educação onde se articulasse o que se passa com os projectos educativos das Escolas do Município com as instituições de cultura, de desporto e com os artistas da cidade, para optimizar sinergias e dar acesso às crianças das zonas periféricas aos produtos disponibilizados, inclusivé por essa Câmara.
Depois a culpa era da EP. Agora a culpa é do governo que não dá dinheiro, é dos outros que o gastaram, é do pelouro da educação que não pode, é do pelouro da cultura que também não, é do pelouro do desporto que idém idem, aspas aspas, é do presidente que não tem para onde se virar, e a culpa morre solteira, ou é do povo porque votou.
Coisas da Democracia que também se debatem na minha sala de aula, nas Assembleias de turma.
Mas todo este desabafo se deve a tristeza com que hoje nos despedimos do professor Dinis e ao questionamento que as crianças me fizeram sobre tal facto. Mais digo que a minha turma tem um blogue http://www.blogger.com/ e que nele se poderá ler o que os alunos expressaram acerca deste assunto.

Cameonato Distrital de Xadrez e xadrez já era!

A propósito dos Campeonatos Distritais de Xadrez, em que vamos participar, fomos ao “sítio” da Câmara Municipal de Aveiro, e qual não foi o espanto da nossa professora e o nosso, quando lemos o último parágrafo, que diz :
“De salientar que os Campeonatos Distritais de Xadrez são organizados no âmbito do PDX – Projecto de «Xadrez nas Escolas do Concelho de Aveiro». Neste ano lectivo de 2007/2008 estão abrangidos cerca de 500 alunos, com uma aula de xadrez por semana de 60 minutos em horário curricular e repartidos por 10 escolas do primeiro Ciclo: Glória, Azurva, Requeixo, Eirol, Eixo, Oliveirinha, Vilarinho, Quintã do Loureiro, Cacia e Esgueira. Realça-se que este ano foi dado um grande passo com a remodelação do projecto, com o PDX a apoiar a criação de núcleos de Xadrez nas sedes dos agrupamentos das Escolas Básicas do segundo e terceiro ciclos de Eixo, Cacia, Oliveirinha e João Afonso de Aveiro, permitindo aos jovens alunos a continuidade da actividade em anos posteriores.”
É que o PDX morreu hoje na nossa escola, a Escola Básica do 1º Ciclo de Oliveirinha.
Hoje foi o último dia em que o professor Dinis Furtado trabalhou connosco. E, pelo que sabemos, por falta de apoio ao projecto, pela câmara que o criou, não permitido aos jovens alunos a continuidade das actividades de xadrez.
Será que os cerca de 500 alunos continuarão a poder participar em campeonatos apoiados pela Câmara, se esta nos interrompeu a formação?
Não percebemos e a nossa professora também não.
Se houver alguém que nos explique agradecemos.
Antigamente ainda tínhamos transportes para podermos fazer visitas de estudo e isso acabou. Agora tiram-nos o xadrez.
ESTÁ BEM!

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

O tempo das nossas histórias

A gata Serafina

Um dia, uma gata apareceu, ao portão de uma casa., muito pequenina, cheia de frio. Estava abandonada,
O filho da dona da casa encontrou-a, quando regressava da escola. Pegou nela e levou-a para dentro e aqueceu-a na sua camisola.
Assustada e cheia de fome miava tanto que parecia que chorava. A mãe do rapaz preparou-lhe um prato com leite, que ela lambeu num instante.
Os seus olhos azuis estavam esbugalhados de olhar para tudo pois, tudo lhe era novo.
A gata encantou toda a família, que lhe acariciou o seu pelo fofinho.
Então aquela casa passou a ser o seu lar. Até hoje, ali vive. Agora já é grande e gorducha.
É muito divertida.
Adora caçar pardais e dormir ao sol.
Quando lhe vão dar comer espeta o rabo como se fosse uma antena e detesta ter o caixote da areia sujo. Mia até que lhe ponham areia limpa.
É claro que estou a falar da minha gata Serafina.

Mafalda Silva
4º ano
A Boneca

Era uma vez, uma boneca que estava numa loja.
Era uma boneca muito linda, com um vestido castanho, três colares ao pescoço, sapatinhos beges e um laçarote na cabeça.
A boneca tinha passado muitos anos na loja e não aguentava estar lá sempre fechada.
Uma senhora, chamada Isabel, entrou na loja e foi ver a parte dos brinquedos.
Viu as bonecas todas contentes e só viu aquela boneca triste.
Então resolveu perguntar-lhe:
- És tão bonita. Estás triste porquê?
- Porque já estou aqui há muito tempo e ninguém me leva.
- Vou eu levar-te hoje, para te oferecer a uma menina. – disse a D. Isabel.
A boneca ficou muito contente, e ao mesmo tempo um pouco triste porque não ia voltar a ver os seus amigos bonecos.
A Dona Isabel comprou a boneca porque era uma prenda de Natal
Quando chegou o Natal ela deu o presente a uma menina, chamada Joana.
A Joana abriu o presente ficou admirada!!!
Gostou imenso da boneca, agradeceu à Dona Isabel.
A Joana pegou na boneca e foi pô-la no cantinho da sua secretária.
Depois, quando a Joana ia estudar, tinha sempre a companhia da sua amiga boneca.

Joana Rita 4º ano
A Floresta dos Medos

Era uma vez um menino chamado António.
O António vivia com os pais, e de vez em quando ia jogar à bola com os amigos.
Um certo dia, quando o António estava a jogar à bola, chutou-a, sem querer, para uma floresta vizinha.
Um dos amigos disse-lhe:
-António, não vás para dentro da floresta. Ela tem fantasmas que assustam as pessoas. Dizem que as pessoas que lá entraram nunca mais saíram.
O António respondeu:
-Eu vou entrar, com cautela, e se vir um fantasma corro para trás!
Assim foi. O António entrou na floresta e foi andando, andando…Até que encontrou a bola. Voltou para trás, por onde tinha ido.
Mas qual foi o seu espanto quando não encontrou a saída!!
-Oh não! Estou perdido. O meu amigo tinha razão.
Entretanto começou a escurecer.
O António começou a ficar com medo. Entretanto ouviu alguma coisa a mexer no ramo da árvore.
Quando olhou viu que era um fantasma!
Logo que o viu começou a correr, mas o fantasma apanhou-o.
O fantasma levou o António para o seu esconderijo e prendeu-o numa jaula.
O António começou a chorar, até que viu uma coruja e perguntou-lhe:
- Será que o fantasma me irá libertar?
A coruja respondeu:
-Tu vais é ser o banquete dos fantasmas.
- E tu, conheces alguma maneira de me tirar daqui? – disse o António.
-Conhecer, conheço, só que é muito arriscado e se os fantasmas me apanham também vou ser servida no banquete, contigo. - disse a coruja.
-Vá lá. Faz-me esse favor.
A coruja respondeu:
-Está bem. Eu vou-te ajudar. Agora espera aí, um bocadinho, que eu já volto.
Passado algum tempo, a coruja voltou com uma chave no bico.
-Toma esta chave, e sai daí.
-Muito obrigado. E agora sabes o caminho para eu sair da floresta?
-Sei sim. Segue-me.
O António seguiu-a e em pouco tempo estava fora da floresta.
Ele agradeceu à senhora coruja e despediu-se.
Por fim, o rapaz voltou para junto dos amigos e jurou nunca mais entrar naquela floresta, a que deu o nome Floresta dos Medos.

Samuel
4ºano

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

INVERNO

Chuva.
Neve.
Trovoada.
As poças
Quero saltar

À noite,
junto à lareira,
Antes de dormir
uma história
Vou ouvir,
Para os sonhos encantar

Lá fora,
Nas tocas, a sonhar
Há animais,
a hibernar.

É a festa de Natal
Um novo ano a chegar.
E depois o Carnaval,
Para a gente
Se mascarar.

Guilherme 2ºano

Inverno
Chuva
Frio
Neve
O sol a dormir .
O Verão, a Primavera e o Outono
Foram descansar.
Já não há andorinhas,
Tiveram que emigrar
Junto à lareira
Histórias de encantar
Neve branquinha
Para um boneco montar.
David Salomão 2º ano

Inverno
No Inverno há neve.
Como ela é fofinha!
Lençóis brancos,
Como os da minha caminha!

Avó à lareira
Conta-nos histórias
Pego na cadeira
Ouço-lhe as memórias.


Maria Inês 4 ºano


O Inverno
É a neve a cair.
É o frio no ar.
É o nevoeiro,
a embalar.
É a chuva,
a pingar.
Animais abrigados
nas tocas,
a hibernar.
São poças
de água
Para saltar.
Inês Leite 2º ano
Inverno
É a chuva a chegar
É a neve para brincar
É o vento a voar
É a trovoada no ar.
São as nuvens cinzentas
Que rebentam
Para os jardins e os campos regar.
É o arco-íris, no céu a brilhar.


Rita Maria 4º ano


INVERNO
Vem o frio
Muito frio!
Temos que nos agasalhar
Roupa quentinha usar!!!
Cai chuva
Chuva fresquinha!!!
Cai neve
Neve branquinha!!!
Lindos bonecos vou construir
Com os meus amigos
Vou-me divertir!


Inês Cristiana 4ºano
Inverno
É chuva a cair,
É neve a bailar,
O vento a soprar,
Meninos nas poças a saltar.

Nuvens cinzentas,
Sol a dormir.
Meninos doentes,
Com gripe, a tossir.

Neve fofinha
Muito branquinha
- Mas eu vou brincar
Não quero saber
se me vou constipar.
Um grande boneco
Vou construir
E só depois,
É que vou dormir.


Miguel 4º ano
Inverno
É o vento mais forte
Que leva as folhas,
Que teimaram ficar.
São os passarinhos
Que já se abrigaram
Em novos ninhos,
Esperando quentinhos
Que a chuva pare
E os deixe voar.

Quando está frio,
Não quero sair.
Se estiver na rua,
Corro para casa
Para não me constipar.
E acendo a lareira
Para a roupa secar.

Samuel 4º ano